O Dia-a-Dia do Motociclista

Ontem eu tinha preparado um post bem legal, sobre o lançamento oficial das motos da Honda, e fotos, e preços e tudo mais, mas não consegui publicar, por essas coisas que nós, motociclistas, estamos sujeitos a passar quase todos os dias.

Pois é, estava eu no meu serviço, e toca o telefone, era da casa do meu primo. Até aí, tudo beleza, porque ontem era segunda-feira, dia em que nos reunimos com meu irmão, meu primo, sua esposa, e mais alguns amigos, primos, parentes e por aí vai. Tinhamos combinado de fazer uma janta na casa dele, com direito a quentão e tudo mais, aproveitando-nos do frio que já se instalou aqui no Sul.

Mas ao atender o telefone, não era ele, e sim sua esposa quem ligava, me perguntando, com a voz quase que inexistente, se eu e meu irmão iríamos à noite, e sem nenhuma dúvida respondi que sim, e ela balbuciou mais algumas palavras que mesmo sem terminar de identificar, comprendi o que estava acontecendo... Minha próxima pergunta já foi diretamente ao assunto... "Como é que ele está?" e a resposta, calma, mas eficiente "Bem, o pai dele está com ele e a ambulância já foi chamada"...
Era o pior momento do dia, para mim, até então, porque conheço meu primo da vida toda, considero ele um irmão de sangue, e sei que ele é do tipo de motoqueiro que, se cair, levanta e sai andando, mas se tinha ambulância no meio, quer dizer que ele não conseguia levantar e sair andando... era a segunda vez que recebia essa noticia...

Saí do meu serviço, e fui, com toda calma do mundo, montado em minha moto, atender o chamado (bem super-herói)... mas o pior momento do dia, chegou mesmo quando, no meio do caminho para casa, passo pela ambulância que transportava meu primo. Senti vontade de voltar, e ir até o HPS (Hospital de Pronto Socorro), mas a mãe dos meus afilhados ainda estava em casa, esperando eu chegar, então juntei forças e fui direto pra lá, nem passei na minha casa.

Mais tarde tivemos noticias, e por sorte, meu primo está bem, está consciente, com uma fratura de clavicula e deve deixar o Hospital hoje mesmo, espero eu.

Mas, são as coisas que nós, motociclistas, temos que enfrentar no dia-a-dia, e fico até com receio, cada vez que vejo uma coisa assim acontecer, de querer que meu irmão entre para esse mundo, pois penso muito nele no trânsito, e sei, por experiência própria, que está cada dia mais dificil se rodar nesta cidade.

Mas, que os bons ventos do motociclismo nos acompanhem ("Let the Force be with us") e que por favor, não permitam que eu receba mais esses telefonemas.

Abraço gente, e o post de ontem, fica para quando meu primo estiver melhor, e minha cabeça mais sossegada...

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