O Prazer de Pilotar

Eu já tinha bolado um jeito de começar esse texto, mas, simplesmente me fugiu da mente, então, vou tentar recuperar as ideias enquanto vou escrevendo.

Faz uns dois dias, vinha pilotando a XTZ pelo caminho tradicional que faço entre minha casa e o serviço só que desta vez, com meu capacete antigo, o LS2 Phobia Azul. Quando comprei a moto, comprei também um Zeus escamoteável, pois tenho costume de trocar o capacete quando troco a moto, sendo assim, alguns já doei, outros joguei fora, e alguns estão inutilizáveis. Digo isto pois foi nesse momento que me surgiu a ideia deste post. Explico.

O capacete escamoteável é muito confortável, muito prático para o uso urbano, onde temos que ficar colocando e tirando o capacete em diversas situações. Cada vez que paramos para abastecer, ou quando entramos em qualquer estabelecimento, não é possível fazê-lo de capacete, mas o escamoteável permite levantar apenas o queixo e assim mostrar o rosto, que é o que mais importa nessas situações. Além é claro, de facilitar a tarefa de colocar ou retirar o óculos de sol e outras tantas coisas.

O grande lance é que esse tipo de capacete não tem o mesmo isolamento acústico que possui um capacete 100% fechado. Foi daí que me lembrei do prazer de pilotar.

Não sou adepto do vento na cara, piloto de capacete fechado, viseira baixa e quanto menor o ruido, mais prazer sinto. Gosto do silêncio que se forma dentro do capacete, do isolamento do mundo exterior. Esse é o MEU prazer de pilotar.

O trânsito consegue estressar 99% das pessoas que conheço, e eu me incluo nesse grupo. Se me colocar em qualquer meio de transporte público, coletivo ou equivalente, já sinto os efeitos nocivos das ruas. Quando dirijo o carro, estresso um pouco menos, mas, ainda assim não é uma situação que me agrade. Já, andar de moto, é um prazer.

Não tem nada a ver com vento no rosto, o peito gelado, empurrando o ar, nem nada disso, até porque não gosto de comer moscas, nem de passar frio. Gosto de pilotar, esqueço de tudo na minha volta, é tão natural, que quando desço da moto, muitas vezes nem lembro do caminho, ou se aconteceu algo anormal, se ví algo diferente nem nada, fico totalmente alienado enquanto piloto, concentrado exclusivamente em pilotar. Por vezes consigo até meditar, dependendo das condições das ruas, do trânsito e, até mesmo, do meu ânimo.

De novo, esse é MEU prazer. Acredito que cada quem sente o gosto da moto de forma diferente, mas, pra mim, isso é tudo. Quase como uma válvula de escape, onde tudo que se passa, fica dentro do capacete.

Por enquanto, é isso.
Ab.s!

Suporte para Cam, GPS, Celular, etc.

Inicialmente a ideia era de construir um suporte para colocar a câmara de fotos ou filmadora, para registrar as viagens, sem necessidade de se ter alguém na garupa, ou de correr o risco, como fiz em Urubici, de pilotar com uma mão só, em terrenos acidentados e cheios de curva.

Quando comprei a moto nova, me empolguei com muitos acessórios e um deles, foi justamente este suporte.

Logo nos primeiros dias, eu estava me recuperando da cirurgia da garganta, e não podia rodar, então, aproveitei o tempo para observar bem os espaços da moto. Olhei, olhei, tirei medidas, analisei, e cheguei a conclusão de que iria fazê-lo. Os espaços na frente da moto são bem bons, e tinha várias opções de lugares para afixar o suporte.

Faltava então definir como seria o tal do suporte, e onde iria fixá-lo definitivamente.

Tive algumas ideias, e a que mais me satisfez, foi comprar uma cremalheira, dessas de colocar estantes/prateleiras na parede. O bom desse material é que é bem rígido, e a me atende na questão de ter uma canaleta interna, onde eu pretendia colocar o celular, deslizando. Fui pesquisar e vi que existem vários tamanhos da coisa, então, como não precisava de muito, comprei uma de 1m de comprimento, e aproximadamente 3cm de largura.
Esta é a bichana
Como tenho um celular multifuncional, completinho, com uma boa câmara, um gps integrado e outros apetrechos, resolvi fazer tudo nas medidas específicas para ele, mas de um jeito que fosse fácil de alterar caso viesse a substituir o aparelho.

Bolei então um sistema com 2 partes principais.  Uma delas fixa na moto, a outra, feita sob medida para meu celular, e que encaixa na parte fixa por meio de dois eixos laterais, rosqueados, que me permitem ajustar o ângulo do aparelho, para melhor visualizar a tela.
Cheguei nisto
Então, era vez de fazer com que as coisas ficassem justas, não tremessem e não corressem nenhum risco de danos. Tanto o suporte, quanto o aparelho e a moto. Para isso usei EVA, velcro, alguns parafusos, espaçadores e porcas borboleta.
Em um surto psicótico, resolvi acordar mais cedo no último domingo, e fazer a instalação do suporte antes de viajar para o Caraá, a fim de comer um churras com os amigos. Claro, queria filmar tudo, e era uma excelente oportunidade para fazer testes em vários terrenos.
Parte que fixa na moto.                                                       Parte móvel.

E já tudo pronto, ficou assim.


Caraá

Feriadinho pegando, quarta-feira, dia de sofá, mas já que não tenho quem apertar, resolvo namorar meu note, umas musicas para embalar, café preto na caneca, e a janela da sala como horizonte.

Domingo passado, dia 18, fui pro Caraá, comer um churrasco com o pessoal, lá na chácara do ilustríssimo amigo Perdomo.

Acordei cedinho, 7hs da madrugada, depois de ter tido uma noite longa. Primeira coisa, pegar a câmera de fotos, e aprontar as fotos do suporte de GPS antes de colocá-lo na moto. E aproveitando, tirar as fotos da instalação. Ferramentas na mão, e algo de boa vontade, desmontei a frente da moto, coloquei o suporte, passei o carregador veicular de um jeito que ficasse firme e não incomodasse na leitura do painel, espetei na tomada 12v que ficou debaixo do tanque, e "voilá".

Tudo colocado, foi a vez de pegar as roupas, botar no corpo, separar umas coisinhas básicas, colocar tudo no bauleto, e sair correndo para a casa do meu pai, levar os remédios dele. Tomei um mate por lá, fiz um tempo com o velho e saí.

Passei no mercado, comprei uma carne e um refri, larguei dentro do bauleto e olhei pra estradinha de terra que sai na RS-118, na parte rural, e depois vai direto para a RS-040 e segue até a BR-290 (Free-way). Aproveitei então para fazer a prova de fogo do suporte, e coloquei pra filmar tudo.

Foram 17Km até a RS-040, mais 20km até a BR-290 e mais uns 70km até a chácara. Filmei o máximo que deu, na ida e na volta para testar os vídeos na maior variedade de situações possível. Tem chão batido, tem asfalto bom, asfalto ruim, dia claro, noite, etc.
Ainda estou editando os vídeos, mas assim que estiverem na web, coloco eles aqui.

Ab.s!

Primeiras alterações

Galera, sábado tirei o dia para mexer nas motos.

Fui fazer garagem lá na casa do pai, e o resultado foi bem satisfatório.
A Sahara, quando fui trocar os pneus, o borracheiro montou a roda dianteira de qualquer jeito, e ela ficou trancando, então me obriguei a desmontar e colocar certinho, como corresponde. Queria ter feito bem mais coisas nela, mas, não deu o tempo, tinha muitos planos para a XTZ.

Na próxima garagem vai rolar a troca da ponteira do escapamento, a solda da ponta do quadro, a provável substituição do bagageiro ou, dependendo da situação, a solda do mesmo. Troca de guidão, manetes de freio e embreagem e, se até lá eu conseguir 2 pneus de trilha, já faço a remoção da aranha, farol, chave de ignição e tudo mais. Junto com tudo isso, uma lavagem caprichada, para tirar a crosta de óleo e barro que tem nela.

Já a XTZ passou por um processo bem mais amigável.
Depois de desmontar metade da moto, deixei o sistema elétrico todo exposto e comecei o árduo processo, delicado, de colocar a tomada 12v com sistema pós-chave, usando um relé auxiliar, tudo com conectores desmontáveis, nada de emendar chicote em lugar nenhum. Assim também fiz com o alarme, que de começo se recusava a funcionar, mas, era eu que estava esquecendo uma ligação.

Já com tudo conectado como corresponde, fiz vários testes, e tudo ok. Tomada funcionando, apenas com a chave ligada, para evitar de esquecer as coisas ligadas na tomada e descarregar a bateria. Alarme funcionando 100%.

Também fabriquei um suporte para o celular, gps, câmera digital e tudo mais, com sistema basculante para manter o foco sempre horizontal, e transmitir os aclives e declives para o vídeo.

Agora, durante o correr da semana vou fazer umas fotos disso, um tutorial de como instalar a tomada, e algo como a "Teoria" do suporte.

Ab.s!

Pós Revisão

Como falei antes, a moto tava mais do que na hora de fazer a revisão dos 1000km.

Já tinha agendado desde semana passada, para realizar o procedimento na Motoryama, e assim foi feito. Segunda-feira, 9hs, lá estava eu, deixando minha moto para revisão.

Entrou nos boxes com 1129Km, um pouco a mais do "permitido" no manual, mas como a concessionária só tinha disponibilidade para quase uma semana depois do dia que liguei para agendar, eles assumiram a responsabilidade.

Comentei com o pessoal sobre o problema que o sensor de embreagem estava apresentando, e, para maravilha, na saída da revisão, estava funcionando corretamente. E está até hoje. Vamos ver quanto tempo isso dura...

Na revisão "dos Mil" não é feita muita coisa, apenas verificação de apertos, lubrificação de cabos, ajuste de marcha lenta, folga da corrente de transmição, e a troca de óleo e filtro.

Justamente, a troca de óleo e filtro, foi a parte que mais me doeu. Gente, R$62,10 para uma troca de óleo e filtro? Fiquei abismado. A concessionária cobra R$16,90 o litro de óleo Yamalube, que é o mesmíssimo óleo da Havolline que eu comprava nos postos da Texaco por R$12,50. Então, litro e meio de óleo soma R$25,35. Até aí, tudo bem, mas ainda faltava a facada do filtro de óleo, cobrado por estes ABUSADORES o valor de R$36,75.

Em fim, paguei, não satisfeito, mas resignado. Já que pelo menos dessa maneira, a garantia é mantida. Fora tudo isso, tem mais a mão de obra, claro, que, por sorte, na revisão dos 1000km não é paga, mas que nas próximas aumenta o valor da brincadeira em R$90.

Se somar tudo isso, em um mês que tiver que fazer revisão, a brincadeira ficar em algo entre R$150 e R$200. Bem salgadinho para quem ainda tem a prestação para pagar, que é de mais de R$400 todo mês. Então, mês de revisão, lá se vão seus R$600 só para estar com tudo 0k.

Vamos lá, por sorte, a próxima revisão é só com 5000Km. Como o motor é novinho, pretendo fazer uma troca de óleo, em casa, aos 3000km, e depois, na revisão fazer a troca de óleo e filtro como corresponde.

É isso, por enquanto.
Ab.s!

Mil Km

Mil quilómetros (a pesar dos pesares, não entendo por quê escrevemos com 'Q' se o símbolo é "Km" e as medidas expressas em "Kilo" todas são com "K" ... Km, Kw, Kg, etc. Em fim. Segue o baile).
Se foram mil quilómetros, revisão marcada para segunda-feira, agora, dia 5.

Das impressões da moto, agora que estou mais acostumado com ela, falo a seguir.

O consumo, independende da velocidade, tem permanecido por volta de 28,6 a 29,8 Km/L. O que ainda não estou compreendendo completamente são as marcas de nível de combustível no painel. São 6 marcas, sendo que ao chegar na última, aciona a "reserva" e sabemos que restam 4,5L de gasolina no tanque. Sendo que o tanque é de 11L, para as demais marcas (cinco) restam 6,5L o que me deixaria com 1,3L por marca e consequentemente algo em torno de 36Km por marca. Tudo muito suposto apenas, por que não consegui fazer medições quanto a isso. Sei apenas que até acender a reserva, e acionar o "F-Trip" são, em média, 180Km rodados.

Nega Zuleika, estacionada na frente de casa. (Limpa e Brilhando, ainda)

Quanto a velocidade final, claro que ainda não estou judiando dela, mas já dei umas "esticadas" e ela responde bem, principalmente em quinta marcha, acima de 90Km/h ela se mostra mais forte e chega fácil a 120Km/h com o giro do motor ainda sobrando bastante. Após 120Km/h vai ficar para fazer o teste só daqui um par de milhares de quilómetros a mais.

Dos espelhos, ressalto que sempre gostei desses espelhos. São os mesmos que equipavam a TDM225 e eu já gostava deles naquela época. O posicionamento deles permite um ótimo ângulo de visão, sem enxergar os braços e sem a necessidade de ficar virando a cabeça para dar aquela "conferida" no trânsito.

Das peças móveis, nenhuma reclamação, assim como do freio, que tem um acionamento macio e bem efetivo, o que foi uma das minhas preocupações nos primeiros dias, pois ele parecia "borrachudo", condição que acredito fosse apenas por estar tudo "muito novo".

O painel, a pesar dos muitos comentários que eu tinha visto logo que foi lançada a moto, é bem fácil de ler.

Até alguns dias eu estava bem preocupado com a aderência e efetividade dos pneus. Foi quando tive uma "má experiência" de sentir toda a moto tremer, balançar e se atirar para todos os lados possíveis quando em alta velocidade, descendo o morro num asfalto bem ruim. Resolvi então dar uma conferida na calibragem, pois como os pneus são largos e de perfil baixo, não aparentam estar murchos, mesmo com a calibragem bem baixa. Conferindo, ví que o dianteiro estava com 17psi, quando o indicado é 29. O traseiro estava ainda pior, pois tinha 15psi e o indicado é 33 sem carga e 36 com carga máxima. Feita a correção, nada mais justo do que tirar a febre e ir lá, fazer algumas curvas para testar. O resultado foi alucinante. A moto mudou por completo o comportamento, e agora está super firme, fazendo curvas até arrastar.

Meu único problema, até agora, está no sensor da embreagem. Com este já tive muitos problemas quando tinha a TDM, e dado que é a mesma peça, os mesmos manicotos, os mesmos manetes e tudo mais, acho que o problema persiste. O sensor da embreagem não é completamente acionado, e dar a partida com a marcha engrenada se transforma em um martirio, pois nunca se sabe se vai acionar ou não. Então, já voltei ao velho hábito de somente dar a partida com o câmbio em neutro.

Segunda-feira, na revisão vou solicitar a troca do mesmo, e pedir esclarecimentos quanto a esta peça, que logo no segundo dia com a moto já mostrava um comportamento errático.

Agora me resta fazer a revisão, e ver no que vai dar, mas a moto, é muito boa, o motor é bem elástico, o consumo é uma maravilha e o conforto, bom, nem se fala, heheh.

Por enquanto, é só.
Abs.!

 
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